Numa altura em que Portugal acelera a transição para a mobilidade elétrica, surge uma novidade truly nacional: o BEN, o primeiro veículo elétrico compacto desenvolvido e produzido em Portugal, acaba de receber homologação europeia. Anunciado esta semana (18 de dezembro de 2025), o BEN pode agora circular legalmente em todas as estradas da União Europeia, marcando um marco histórico para a indústria automóvel portuguesa.
Desenvolvido pela startup portuguesa CEiiA (Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto), em parceria com entidades como a Mobinov e apoio governamental, o BEN é um quadriciclo leve elétrico pensado para mobilidade urbana sustentável. Com preço previsto a partir dos 8.000 euros, visa ser uma alternativa acessível a carros tradicionais em cidades congestionadas como Lisboa, Porto ou Coimbra.
Características principais do BEN
- Design compacto: Apenas dois lugares, dimensões reduzidas (cerca de 2,5 metros de comprimento) – perfeito para estacionamento fácil.
- Autonomia urbana: Até 100-150 km por carga, suficiente para deslocações diárias.
- Velocidade máxima: Limitada a 45-90 km/h (dependendo da versão), classificando-o como quadriciclo leve ou pesado.
- Bateria e carregamento: Bateria removível ou fixa, carregamento em tomada doméstica comum.
- Produção descentralizada: Plano ambicioso para produzir até 20.000 unidades/ano até 2030, em vários sites em Portugal e Europa.
A homologação europeia (tipo-approval) era o passo crucial que faltava. Agora, o BEN pode ser comercializado livremente, competindo com modelos como o Citroën Ami ou Fiat Topolino, mas com o orgulho adicional de ser "Made in Portugal".
Porquê agora? O contexto perfeito em Portugal
Com os elétricos a representar já mais de 32% das vendas novas em novembro de 2025 (dados ACAP), e incentivos reforçados para 2026 (até 20 milhões de euros previstos), o timing não podia ser melhor. O BEN beneficia potencialmente de apoios do Fundo Ambiental, tornando-o ainda mais atrativo para frotas municipais, empresas de partilha ou particulares à procura de segunda viatura barata.
Além disso, num mercado onde marcas chinesas como BYD e MG crescem rapidamente com modelos acessíveis, o BEN traz uma opção nacional – apoiando emprego local e reduzindo dependência externa.
A produção em larga escala arranca em 2026, com negociações em curso para fábricas descentralizadas. Se tudo correr bem, poderemos ver milhares de BEN nas estradas portuguesas em breve.
Acham que o BEN tem potencial para sucesso? Preferem um elétrico nacional acessível ou modelos mais potentes como o novo Atto 2 da BYD? Digam-nos nos comentários ou no fórum – o futuro da mobilidade portuguesa está em discussão!
Fiquem atentos ao AutoHoje para mais novidades sobre lançamentos nacionais e elétricos em Portugal.